Quantas vezes ameaço desistir de tudo
e num segundo estudo,
mudo de ideia... espero!
Volto para última etapa,
com espora, espada e escudo
e com apoio da plateia,
percebo que apenas perdia,
por um ilusório um a zero
Sei que é sempre assim,
mas meu defeito
é que eu transformo em alcateia, o clero;
visto veludo no verão,
prevendo frio menor que zero;
devolvo o ingresso antes da estreia,
ao ver o público severo!
Sempre assim...
Morro de medo do amor,
pois acredito no que diz a letra do bolero
e, ao veredicto do juiz,
então, me desespero,
pra no final ganhar um beijo da atriz,
com um simples passo em direção
ao que eu quero!